MPF denuncia Neymar, pai e dirigentes por fraude e sonegação
As empresas não possuíam capital social nem capacidade operacional condizentes com a movimentação financeira realizada. As fraudes foram praticadas em contratos relacionados ao uso do direito de imagem de Neymar enquanto atuava pelo Santos, a partir de 2006, e durante o processo de transferência do jogador ao Barcelona, cujas negociações tiveram início em 2011.
A denúncia coloca os diretores do Santos à época (Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro e Odílio Rodrigues) como testemunhas. Detalhadamente, a denúncia conta diversos casos em que, na ótica da procuradoria, Neymar e seu pai burlaram o fisco e causaram diversos desfalques às contas públicas. O objetivo é recuperar o dinheiro perdido.
A conduta de Neymar, com a participação dos demais denunciados, gerou prejuízos milionários aos cofres públicos. Em setembro do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região bloqueou R$ 188,8 milhões do jogador, do pai e das empresas da família para garantir o pagamento das pendências tributárias e das multas cabíveis. A decisão atendeu a pedido da Procuradoria da Fazenda Nacional, que também apurou as irregularidades.
O MPF e a Receita Federal investigam os denunciados e suas empresas há cerca de dois anos, período durante o qual foram reunidas mais de cinco mil folhas de documentos e colhidos os depoimentos de diversas testemunhas. O material embasa a denúncia, juntamente com as informações obtidas por meio da cooperação internacional entre o MPF e a Justiça espanhola.
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